Sou familiarizado com o Watson, da IBM, diz Dr. Dráuzio Varella

Em uma entrevista publicada no site mobiletime.com.br, Dráuzio Varella destaca…

O programa de câncer de mama do Watson é muito interessante porque usa os dados dos doentes para te apresentar as opções de tratamento, com as vantagens e desvantagens de cada um. Isso ajuda o médico, porque ele não tem condição de acompanhar tudo o que está acontecendo. Eu estudo, vou a congressos, e mesmo assim volta e meia aparece algo que nunca tinha visto na minha especialidade, que é câncer de mama. Quanto à relação médico-paciente, eu não vejo como um problema. Uma coisa não vai substituir a outra. O paciente sempre vai precisar de alguém que filtre essa informação toda e o ajude a decidir qual o melhor caminho a seguir. Essa é a diferença do médico moderno e aquele do passado. O do passado redigia uma lista de remédios com garranchos que só os farmacêuticos entendiam. O paciente não podia perguntar nada e se não fizesse o tratamento direito ainda era mandado embora. O médico era uma autoridade. A função do médico é dar alternativas. Quais as desvantagens de cada uma delas, indicar uma outra e explicar o porquê. No final, você tem que chegar a um consenso. A tecnologia só ajuda, porque ela me dá todos os dados que preciso para te aconselhar.

Há um site chamado Adjuvant! Online que analisa dados de câncer de mama de pacientes e mede o risco de a doença voltar com quimioterapia ou hormonioterapia. O sistema te informa o risco de cada tratamento, com base num banco de dados enorme. Então, por exemplo, se a chance de cura for de 92% sem quimioterapia por que fazê-la? Esse tipo de  informação é absolutamente fundamental. Assim não ficamos mais dependentes da impressão do médico.

Leia a entrevista na íntegra, vale a apena: Clique aqui

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